Abril é azul. Mas é também um convite à escuta, à empatia e ao conhecimento.
Todos os anos, o mês de abril é reconhecido mundialmente como o Mês da Conscientização do Autismo, uma campanha que visa dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), promover inclusão e combater estigmas ainda muito presentes na sociedade.
Criado pela ONU em 2007, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo (2 de abril) marcou o início desse movimento global. Mas hoje, mais do que um dia simbólico, temos um mês inteiro para refletir, aprender e transformar atitudes.
Por que precisamos falar sobre autismo?
Porque, mesmo com os avanços nos últimos anos, muita gente ainda não sabe o que é o autismo — ou acredita em mitos e estereótipos.
• O autismo não é uma doença, mas uma neurodivergência — ou seja, uma forma diferente de funcionamento do cérebro.
• O espectro autista é amplo: existem pessoas que se comunicam verbalmente, outras não; algumas são altamente independentes, outras precisam de suporte em diversas áreas.
• O autismo não tem uma aparência específica, e não se “parece” com nada além da singularidade de cada pessoa.
Entender o autismo é respeitar as diferentes formas de perceber o mundo, de se comunicar, de interagir e de viver.
O que significa o símbolo do infinito colorido?
Durante muitos anos, o autismo foi representado por um quebra-cabeça — símbolo que, embora conhecido, trazia uma ideia de que “algo está faltando”. Hoje, o símbolo do infinito colorido tem sido adotado como uma alternativa mais inclusiva.
Ele representa:
• A diversidade do espectro autista
• A pluralidade de experiências
• O direito de cada pessoa ser quem é, com suas cores, formas e ritmos
É um lembrete visual de que não existe uma forma única de ser autista, e que todas são válidas.
Informar é cuidar
Abril Azul também é um convite à quebra de preconceitos. E isso começa com informação segura, acessível e empática.
Alguns dados importantes:
• O autismo afeta cerca de 1 em cada 36 crianças no mundo, segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA).
• O diagnóstico é clínico e envolve uma equipe multiprofissional.
• Muitas pessoas só são diagnosticadas na vida adulta, especialmente mulheres — devido ao fenômeno do masking, que é o mascaramento de traços para se adaptar socialmente.
A informação certa amplia o olhar. E um olhar ampliado transforma relações.
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Um ambiente digital com conteúdo validado por especialistas, voltado para:
• Famílias e cuidadores
• Profissionais de saúde e educação
• Pessoas com TEA em busca de mais compreensão e representação
Nosso objetivo é simples, mas profundo: oferecer informação como forma de cuidado.
Um convite para todos os meses
Abril pode ser azul, mas a conscientização não pode ficar restrita a um mês.
Precisamos continuar ouvindo, aprendendo e criando espaços em que pessoas autistas possam ser quem são — com liberdade, dignidade e respeito.
Se você é familiar, profissional, amigo, colega ou apenas alguém disposto a entender mais: você faz parte dessa transformação.